(DES) CONSTRUINDO TEXTOS USANDO CONECTORES INTERFRÁSTICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Abstract
Esta pesquisa tem como objetivo geral examinar textos dissertativo argumentativos, produzidos por alunos em uma escola da rede particular
localizada no município de São Mateus-ES. Apesar da preocupação com
desenvolvimento educacional, ainda há lacunas a serem preenchidas, verifica se que o aluno hoje apresenta muita dificuldade de produção de um texto e o
uso inadequado dos conectores interfrásticos tem sido um dos problemas. A
partir da vivência como pesquisadora em sala de aula, constatou- se que os
discentes do Ensino Médio apresentam grandes dificuldades de expressão
oral, escrita e interpretação de conceitos. Dessa forma, a necessidade de
promover um trabalho pedagógico que venha suprir essa deficiência. Nesse
sentido, a presente investigação focalizou o emprego dos conectores
interfrásticos utilizados pelos aprendizes, visto que a coerência do texto se
associa também ao uso desses elementos. A metodologia utilizada foi
Pesquisa – ação, tendo como referências de autores Thiollent (2005) e Barbier
(2004). O corpus desta pesquisa é composto de textos dissertativo argumentativos, produzidos por 30 alunos do 3º ano do Ensino Médio. O
diagnóstico foi constituído através dos textos produzidos pelos alunos durante
o ano letivo 2013. Para a análise dos dados deste estudo qualitativo, buscamos
apoio, basicamente, nos teóricos: Savioli e Fiorin (1991), Antunes (2005),
Geraldi (1985), Koch (2002), Ferreiro (2001), Bechara (1984), além de
contribuições mais recentes que têm enriquecido as noções de coesão e de
coerência. Assim, as produções são analisadas em relação à coerência por
meio das noções de contexto cultural e contexto situacional e, em relação à
coesão, pela manutenção dos participantes, da seleção lexical e do uso das
conjunções. Conclui- se que os resultados da análise dos textos apontam para
a reflexão de que o conhecimento linguístico e certo domínio das várias formas
de composição são habilidades que precisam ser ensinadas e sistematizadas
na escola, pela intervenção do professor, pois não são adquiridas
espontaneamente pelos discentes.