DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PARTICIPATIVO: UM ESTUDO DE CASO EM COMUNIDADES DO ENTORNO DA LAGOA DO AGUIAR – ARACRUZ/ES
Resumo
O Brasil é um país rico em recursos naturais e possui grande potencial de recursos
hídricos. O uso intensivo e desordenado desses recursos em busca de
desenvolvimento resultou na degradação do meio ambiente. Como consequência
tem-se observado efeitos como grande crise hídrica no estado do Espirito Santo e
trabalhos de recuperação de áreas degradadas têm sido realizados, o que estimulou
a realização dessa pesquisa, baseada na avaliação e envolvimento dos moradores
nos processos de recuperação de área degradada do entorno da Lagoa do Aguiar,
no distrito de Jacupemba/Aracruz. A região é utilizada para atividades de agricultura
e moradias e o estudo reforçará a importância da preservação ambiental das Áreas
de Preservação Permanente e uso sustentável dos recursos hídricos, essenciais
para garantia da qualidade, disponibilidade da água e qualidade de vida. A
metodologia consistiu em pesquisa exploratória para elaboração de diagnóstico
participativo, com intuído de identificar e apontar junto da comunidade local, os
processos de degradação existentes através de visitas in loco. Foram realizadas
entrevistas e aplicadas ferramentas de diagnóstico participativo para identificar
ações existentes para contornar os processos de degradação, levando em
consideração a percepção e o interesse da comunidade local na solução desses
problemas ambientais. Algumas formas de impactos estão presentes nas
comunidades, como o desmatamento das Áreas de Preservação Permanente que
deram lugar à moradias, agricultura e pecuária, solo erodido, lixo descartado sobre o
solo e na lagoa. Queimas de lixo, sistemas de esgoto inadequado e a céu aberto,
são exemplos de impactos relacionados à falta de estrutura e saneamento básico
além de se tratar de uma questão cultural dos frequentadores locais. A comunidade
é capaz de perceber vários impactos existentes e se veem como responsáveis pela
mudança de cenário junto à administração pública, porém existe claramente receio
de participação, no qual é necessário estimular e habilitá-la no sentido de promover
confiança e modificar comportamento