PROCESSO DE TRANSIÇÃO ESCOLAR: UMA VISÃO DE ALUNOS DO 6º ANO DE DUAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE SERRA- ES

Abstract

O escopo desta dissertação de mestrado foi à questão do processo da transição escolar, na visão dos alunos do 6° ano do ensino fundamental II. Aqui, nesta pesquisa científica, nos ocupamos na investigação das concepções destes citados alunos acerca deste processo educativo vivenciado no 6° ano. Em relação aos procedimentos metodológicos, a pesquisa enquadra-se dentro do método qualitativo e, em relação aos objetivos, enquadra-se dentro da pesquisa qualitativa do tipo fenomenológica que tem como proposição revelar as experiências e as realidades vivenciadas no cotidiano dos 210 sujeitos selecionados para essa pesquisa Husserl (2007). A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas da rede pública municipal de educação do município de Serra – ES, neste ano letivo de 2017. Como técnicas de coletas de dados, utilizou-se a aplicação de questionário aberto e de entrevistas estruturadas com grupo focal e para mapear, categorizar, analisar e tratar os dados foi utilizado á metodologia qualitativa da análise do conteúdo Bardin (2011). Os resultados da pesquisa revelaram que as visões dos alunos não têm sido prioridade da escola para assegurá-las dentro do Projeto Político Pedagógico praticado; Constatou-se que os principais problemas anunciados pelos alunos acerca do processo de transição foram: a redução da afetividade social dos docentes do 6° ano, a ampliação do número de professores e das disciplinas, a dificuldade de adaptação à nova organização escolar, principalmente das aulas em 50 minutos e da dificuldade para adaptação à prática educativa de cada um dos nove professores. Conclui-se que, mesmo diante da atual LDB, que estabelece que o aluno é o sujeito central e razão da existência da escola e que a mesma deve tecer diálogo com estes sujeitos, no currículo em ação tem ocorrido importante distanciamento. O estudo revelou a necessidade emergente das escolas pesquisadas validarem e reconhecerem as concepções dos alunos do 6º ano, visando reduzir os inúmeros problemas de adaptação apontados pelos alunos pesquisados e, ainda, assegurar o diálogo entre a escola com esses alunos para promoção de alta qualidade de aprendizagem.