ADOÇÃO TARDIA E INSERÇÃO SOCIAL DO MENOR
Resumo
Este trabalho teve como objetivo investigar o fenômeno da adoção tardia de crianças
de acordo com o contexto atual, com enfoque para as crianças adotadas acima dos
cinco anos de idade. Mais precisamente, buscou-se, por intermédio dos mais
conceituados doutrinadores analisar os mais variados conceitos do instituto, bem
como explicar minuciosamente todos os procedimentos da adoção a ser seguido. Com
vistas a atingir os objetivos propostos, inicialmente foi realizado um levantamento
bibliográfico acerca do tema - adoção - em relação à história, definição, a situação
atual dos abrigos no Brasil, as mudanças legislativas, aspetos pessoais com relação
ao perfil dos pretendentes e das crianças e adolescentes disponíveis, o fator
motivacional da adoção e adaptação dos adotados em face do estágio probatório. Em
seguida, buscou-se utilizar os dados fornecidos pelo conselho nacional de justiça uma
correlação com o número de crianças e de pretendentes no país, justificando em
estatísticas o quantitativo de crianças e adolescentes que ainda esperam para serem
inseridos em um lar, analisando suas motivações para a adoção, o papel do poder
público e da sociedade diante da problemática, bem como o processo de adaptação
da criança, a percepção da família quanto aos reais benefícios e as mais prováveis
dificuldades encontradas, para adotar uma criança com idade considerada avançada
assim como os mitos e preconceitos exigidos pelos pretendentes em busca de um
perfil na qual consideram ideal a adoção. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo
através do uso de dados que foram coletados com a utilização de tabelas do site do
CNJ. Através dos dados obtidos nas pesquisas, foi possível perceber que o perfil de
crianças mais desejadas pelos brasileiros que resolvem ingressar no processo de
adoção, são crianças com idade igual ou menor que um ano, de preferência do sexo
feminino e de raça branca, tendo todos os outros perfis números pouco expressivos
no que diz respeito as qualidades mencionadas, acarretando uma quantidade muito
grande de crianças de cor parda e negra ,de idade superior a cinco anos nos abrigos
ou casas de passagem, que reflete claramente em uma maior permanecia dessas
crianças em instituições de acolhimento, além disso, menciona as dificuldades de
aprendizagem desses jovens e adolescentes abrigados, principalmente no âmbito
escolar e de se adaptar à rotina da nova família ou de forma inversa quando a família
tenta se adaptar a uma rotina com criança ou adolescente. Agressividade e a falta de
limites foram algumas das dificuldades pontuadas que mais preocupa os adotantes.
Assim, buscou-se apresentar os benefícios da adoção tardia, a fim de incentivar a 8
prática do instituto pela sociedade. Como benefício foi identificado a possibilidade de
a criança participar do processo. Destaca-se que a adoção tardia ainda hoje está
repleta de estigmas e, por isso, espera-se que este estudo auxiliar na desmistificação
de pré-conceitos ainda existentes na sociedade, além informar e esclarecer
profissionais da área dos mais diversos ramos acerca do tema, auxiliando-os em sua
atuação.
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