A SUPERDOTAÇÃO E O DESAFIO DA ESCOLA: UM ESTUDO DO CASO DE MARIA CECÍLIA.
Resumen
Esse estudo teve como objetivo discutir a superdotação e o desafio da escola. Para
tanto, investigou o caso de uma aluna diagnosticada com altas habilidades em
linguística. A pergunta que norteou o estudo foi assim formulada: Quais as
dificuldades enfrentadas pela família e pela escola no atendimento escolar de Maria
Cecília, uma criança superdotada? Para elucidar esse problema, foram descritos os
conceitos, as percepções a respeito do tema, com amparo teórico na concepção de
Renzulli – Teoria dos Três Anéis – e na teoria de Vygotsky sobre a mediação do
professor nesse processo. Descrevem-se também as características cognitivas,
afetivas e sociais das pessoas superdotadas, fundamentadas por Virgolim e
Ourofino/Guimarães. Esse grupo teórico permitiu esclarecer os conceitos de termos
como gênio, precocidade, prodígio e superdotação e deu suporte para discutir
também, os mitos e ideias errôneas que envolvem o imaginário popular acerca das
crianças superdotadas e que dificultam a identificação e compreensão da
superdotação. Para realização deste estudo de caso, os dados foram coletados
através de entrevistas gravadas com a mãe, a professora e a própria aluna;
observações na sala de aula de Maria Cecília, em sua casa e em passeios com a
família. Também foram utilizados os quadros elaborados por Virgolim e
Ourofino/Guimarães que sintetizam as características de superdotação percebidas
em Maria Cecília pela mãe e pela professora. Os resultados apontam que Maria
Cecília é portadora de altas habilidades; a professora tem muito pouco conhecimento
do tema superdotação e não está apta para trabalhar com Maria Cecília; a atenção e
o apoio da família são fundamentais para ajudar na identificação e desenvolvimento
dos superdotados. Além disso, o acompanhamento diferenciado da escola é essencial
para o desenvolvimento pleno de crianças com altas habilidades/superdotação.