ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS HIPERTENSOS CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA BOA MIRA DO MUNICÍPIO DE BOA ESPERANÇA – ES
Resumo
Introdução: Este trabalho teve por finalidade estudar o perfil epidemiológico e o estilo
de vida de pacientes hipertensos do programa Hiperdia do município de Boa
Esperança – ES. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tem índices elevados de
prevalência e os pacientes apresentam grande dificuldade de controlá-la. Os doentes
portadores de patologia crônica como a HAS são os que menos aderem à terapêutica.
Em 2002 criou-se o programa Hiperdia, que possui a Estratatégia Saúde da Família
(ESF) objetivando reverter o problema com ações de prevenção, diagnóstico,
tratamento e controle dessas patologias, e trabalhar na ESF ultrapassa o atendimento,
buscando entender o indivíduo e suas relações no meio, assim como a influência de
fatores no processo saúde-doença. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos
pacientes cadastrados no Programa Hiperdia na Estratégia Saúde da Família Boa
Mira em Boa Esperança – ES em relação às variáveis sociodemográficas.
Metodologia: Os dados utilizados foram coletados a partir da relação de pacientes
hipertensos disposta no sistema eletrônico e-SUS utilizado na unidade de saúde. A
amostra foi composta por 80 pacientes com hipertensão, sendo estes homens e
mulheres de 20 a 75 anos que não tivessem incapacidade cognitiva. Resultados e
discussão: A maior parte dos hipertensos entrevistados neste estudo possuem de 51
a 75 anos (52,5%), são alfabetizados (85%), casados (60%), e com renda familiar de
até dois salários mínimos (45,5%). A maior parte não fuma (81,25%), (43,75%) faz
uso de bebidas alcoólicas, e utilizam de mais de um medicamento simultaneamente
(88,75%). Dos hipertensos, 35% possuem Diabetes Mellitus associado, todos
possuem histórico familiar de HAS (100,0%), 48,75% já foram internados por HAS e
52,5% julgam sua saúde regular. Apenas 5% fazem acompanhamento com
nutricionista e 73,75% não praticam atividades físicas. Ainda, 51,25% comparecem às
consultas do HiperDia 1 vez ao ano, e 53,75% não receberam orientação para
realizarem atividades físicas. Conclusão: Muitos hipertensos entrevistados possuem
hábitos de vida não-saudáveis, o que pode contribuir para que estes pacientes
permaneçam com HAS e apresentem pior condição de saúde.