A SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PERSPECTIVA DO DOCENTE
Resumen
ROCHA, Maria da Penha Machado. A socialização da criança autista na Educação Infantil: perspectiva do docente. 2021. 104 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciência, Tecnologia e Educação) – Faculdade Vale do Cricaré, 2021.
A educação especial passou por grandes mudanças no Brasil, formando o entendimento de que a segregação de alunos especiais para que apenas frequentassem instituições exclusivas para deficientes dificultaria a inserção desses indivíduos na sociedade, com destaque para aquelas crianças com TEA, alunos mais incluídos na educação regular. Na condição de professora da educação infantil do Município de São Mateus, e em constante aprendizado sobre o tema, a proposição do tema da dissertação está intimamente ligado com a conjuntura do dia-dia na condição de docente nos CEIMs (Centros de Educação Infantil Municipais), visto que no período contemporâneo, diversos alunos autistas estão sendo inseridos na educação infantil regular, e considerando as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que afetam principalmente as habilidades sensório motoras, comunicativas e linguísticas, e, principalmente, a interação social, faz-se necessário a criação de estratégias para facilitar a inclusão desses alunos, em especial aquelas pautadas em ludicidade. A metodologia de estudo foi a pesquisa quali-quantitativa, realizada totalmente à distância, devido à pandemia da COVID-19, através de questionários semiestruturados enviados através de meio eletrônico (e-mail e WhatsApp) à 14 (catorze) professores da Educação Infantil da rede municipal de São Mateus-ES. Os resultados indicaram que apesar de existirem ações docentes em relação ao atendimento e ensino-aprendizagem de alunos com autismo, ainda são necessárias outras, que dependem da família, na aceitação da especificidade da criança e do apoio que ela merece; da escola em aprimorar e adequar seus recursos lúdicos, concretos e seus espaços; e do sistema educacional, na formação docente, na desburocratização na contratação de professores auxiliares, cuidadores e no atendimento aos laudos necessários, em parceria com a saúde. Finalmente, a inclusão é um passo à qualidade da Educação especial, e deve ser efetivada com responsabilidade e humanização para com crianças com autismo em classes regulares, focada na aprendizagem discente e em seu desenvolvimento.