O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO E SUA ATUAÇÃO NO ATENDIMENTO INTRA-HOSPITALAR À VÍTIMA DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Abstract

Classificada pela American Heart Association como uma intercorrência de extrema emergência, a parada cardiorrespiratória é identificada pela interrupção severa e repentina das atividades respiratórias e mecânicas do coração, causando ritmo inadequado ou ausência dele, provocando, assim, risco de morte às vítimas acometidas. Para reversão desse quadro, a equipe precisa identificar precocemente os sinais e sintomas de parada cardiorrespiratória afim de iniciar um atendimento imediato, com manobras avançadas de alta qualidade, no intuito de restaurar a circulação e oxigenação ao paciente. O enfermeiro na maioria dos casos, por permanecer por mais tempo (a) beira leito, é um dos primeiros profissionais a se deparar com o paciente em PCR no ambiente intra-hospitalar, portanto, deve estar atualizado e ter conhecimento teórico prático para iniciar as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar o mais breve possível. Nesse contexto, a pesquisa tem por objetivo identificar se os enfermeiros de um hospital no norte do estado do Espírito Santo possuem conhecimento técnico/científico do suporte avançado de vida sobre a PCR no adulto, baseado nas novas diretrizes da AHA de 2018. Trata-se de um estudo de campo de caráter exploratório e descritivo com abordagem quantitativa voltada para enfermeiros, onde foi utilizado um instrumento, elaborado com base nas diretrizes da AHA 2018, com questões objetivas semiestruturadas referentes ao conhecimento técnico científico do SAV sobre a PCR no adulto. Participaram da pesquisa 30 enfermeiros, desses 66.67% (20/30) respondeu que fizeram curso teórico prático de ACLS após a faculdade. Mesmo assim, a média de acertos nas questões sobre conhecimento da PCR foi baixa. Quanto ao reconhecimento dos sinais de PCR, nenhum enfermeiro respondeu de forma correta e 73.33% (22/30) não sabem qual atitude imediata a ser tomada após o reconhecimento da PCR, mostrando desconhecimento das diretrizes de RCP da AHA. O estudo apontou a necessidade de treinamento regular dos profissionais entrevistados, pois a falta de especialização na área somada ao desconhecimento das diretrizes atualizadas da AHA contribuiu para um conhecimento abaixo do desejado, resultou em um baixo percentual de respostas corretas na parte de conhecimentos da PCR no ACLS adulto.