dc.description.abstract | Este estudo objetivou analisar a inclusão escolar de alunos em situação de
vulnerabilidade social na EMEF “Santa Cruz”, na cidade de Aracruz – ES. Para
tanto, analisaram-se os documentos oficiais e a legislação pertinente e foram
investigados 62 alunos do sexto ano por meio de questionário, bem como os
professores e a equipe gestora, com entrevista estruturada. Além disso, usou-se o
grupo focal para promover um debate entre os professores. Foram identificados os
principais indicadores da vulnerabilidade social dos estudantes com base na Política
Nacional de Assistência Social (PNAS), na matriz empírica da vulnerabilidade social
do Espírito Santo e nos estudos de Seddon (2014). Constatou-se que os estudantes
apresentam elevado quantitativo de indicadores de vulnerabilidade social, presentes
nas diversas dimensões: educação; emprego, cultura, esporte, lazer e renda
insuficiente; saúde; composição familiar; e ambiente. Todos os profissionais
entrevistados percebem essa realidade e evidenciaram que são muitos os desafios e
que esses influenciam na trajetória escolar dos alunos. A pesquisa revela que esse
cenário impacta a realidade vivida pelos professores, gestores e alunos e evidencia
a complexidade dessa relação. Constatou-se também que, a escola, por si só, não é
capaz de enfrentar as dificuldades que permeiam a vulnerabilidade social, pois
essas implicam a intersetorialidade na gestão das políticas públicas educacionais, a
relação entre a escola e a família e iniciativas de acompanhamento dos alunos em
situação de vulnerabilidade social, além de investimentos financeiros. O debate entre
os educadores resultou em um conjunto de ações que configuram a superação de
“situações-limites”, pois ao se sentirem desafiados, buscam caminhos para romper
os obstáculos com atitudes cotidianas que visam a liberdade dos oprimidos | pt_BR |