dc.description.abstract | A violência sexual pode ser cometida pelo pai, mãe, padrasto, madrasta, pelo tio,
outro parente qualquer, tal como um desconhecido. Porém os maiores índices de
abuso sexual segundo a literatura ainda acontecem no seio familiar. Cabe aos
profissionais de educação ter um olhar sensível e atento a crianças que possam
demostrar características de violência sexual, já que, o processo educacional pode
ser comprometido de maneira negativa dessa vivência quando o aluno é exposto a
está situação. Neste sentido, a violência sexual contra crianças e adolescentes tem
sido mais um desafio no campo da educação, como um fenômeno social que
também precisa ser reconhecido como problema de saúde pública, afetando tanto a
integridade física quanto psicológica de suas vítimas e familiares, este fenômeno
transcorre as diferentes classes sociais, culturas, relações de gênero e raça. A
pesquisas proporciona aos profissionais de pedagogia subsídios para reconhecer
quando uma criança pode estar sendo abusada, ampliando conhecimentos
adquiridos no campo de atuação tanto do pesquisador, profissional e estudante que
tenham contato com a temática, podendo assim realizar uma análise dos
acontecimentos, com um olhar coerente para humanizar o cuidado, que tende trazer
sofrimento para os envolvidos. Visando contribuir para a sociedade ao problematizar
formas de enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes,
consoantes as políticas públicas e os direitos previstos na Constituição,
potencializando as ações promovidas pelos serviços especializados neste
atendimento e munindo de conhecimento a população. Sendo uma pesquisa de
abordagem qualitativa, firmada em um estudo retrospectivo exploratório a partir de
registros dos casos de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual
acompanhadas pelo Centro de Referências Especializado em Assistências Social
(CREAS) no Município de Presidente Kennedy localizado no Sul do Estado do
Espírito Santo. Foi realizado uma análise documental no acervo do CREAS no
período de janeiro a dezembro de 2019. E entrevistas com cinco pedagogas que
atuam em CREAS. Conclui-se que a maioria dos abusos e violência sexual contra
crianças e adolescentes são das zonas rurais e configura-se como intrafamiliar, e
que podem reverberar em sérios agravos em saúde mental durante o
desenvolvimento, e experiências traumáticas que possam afetar a vida adulta
ocasionando doenças psicossomáticas. Os dados obtidos também demonstram os
perfis de pessoas que tendem a serem excluídos da sociedade após o abuso, e
também dados analíticos que podem ser utilizados futuramente, para uma nova
comparação. O trabalho do pedagogo no CREAS é diferente do contexto escolar, é
um campo recente para pedagogia, poucos profissionais sabem qual é seu papel
dentro da assistência social o que pode produzir conflitos. O trabalho do pedagogo
na assistência é desenvolver projetos, ações intersetoriais e ações educativas junto
aos outros profissionais do SUAS, promovendo a garantia de direito e conhecimento
dos mesmos. | pt_BR |