dc.description.abstract | Esta dissertação buscou ouvir as experiências de cinco intérpretes que atuam ou atuaram nas escolas regulares pela Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo (SEDU/ES) nos anos de 2015 a 2020, sendo um intérprete para cada ano em estudo. Assim, o problema que essa pesquisa se propôs a investigar se configura na seguinte pergunta: que relações são produzidas no envolvimento dos TILS no processo de produção de conhecimento de alunos surdos? Essa pesquisa é relevante, pois urge discutirmos e refletirmos sobre as atribuições do Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais Brasileira mediante a lógica do Edital da SEDU, e como ocorre na prática a partir das experiências dos TILS. Este trabalho se desenvolve nas esteiras dos estudos foucaultianos, mais especificamente com contraconduta e heterotopias, e se constrói a partir dos repertórios teóricos de ex-posição em Jan Masschelein e Maarten Simons e cooperação com Richard Sennett. A metodologia de pesquisa adotada é de natureza qualitativa e envolve a análise de entrevistas narrativas de Tradutores e Intérpretes de Libras por meio de perguntas norteadoras e à luz dos conceitos explanados já mencionados. Como conclusão, os entrevistados apontaram as angústias que sentem por não ter um papel definido dentro da escola; que os editais precisam especificar suas atribuições, visto que tanto gestores quanto educadores cobram destes como se o aluno fosse de sua inteira responsabilidade, e ainda apontam a necessidade do trabalho em equipe. É nesse viés que buscamos como produto final elaborar um documento com registros que emergiram através das falas dos sujeitos entrevistados, com o objetivo de colaborar com possíveis melhorias no desenvolvimento de outros editais que tangem a contratação de TILS, tendo em vista que esses profissionais são os que vivenciam diariamente as tensões desse ofício. | pt_BR |