INCLUSÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PEDRO PAULO GROBÉRIO DE JAGUARÉ-ES
Abstract
O presente trabalho objetivou verificar quais os desafios e perspectivas ligadas a
inclusão estão presentes na escola estadual de ensino médio Pedro Paulo Grobério
de Jaguaré-ES. Para tal, utilizamos a pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação. Com
a pesquisa bibliográfica buscamos destacar a importância das práticas inclusivas e a
realidade das Necessidades Educativas Especiais nas salas de aula comum e no
Atendimento Educacional Especializado na sala de recursos multifuncional
identificando os desafios na relação entre os professores, alunos especiais e os
demais componentes escolares, apoiando-nos nas teorias de Santos e Paulino
(2008); Alves e Guareschi (2011); Ropoli (2010); Hoffmann (2011); Freitas (2013);
Jesus (2005); Mittler (2003); Ferreira e Ferreira (2007); entre outros; assim como em
documentos oficiais. Com a pesquisa-ação procuramos responder aos objetivos
específicos desse trabalho, buscando identificar no contexto da sala de aula os
desafios nos trabalhos com os alunos especiais, a contribuição da sala de recursos,
as condições de trabalho dos professores e pedagogos e a realidade das famílias
desses alunos. Para isso, aplicamos um questionário aos pais, pedagogos e
professores e utilizamos ainda a entrevista para complementar as informações já
coletadas pelos questionários. Analisamos os planos de ensino das disciplinas,
relatórios de trabalhos colaborativos e observamos as aulas dos professores nas
salas onde havia alunos especiais. As pesquisas sinalizaram que a maior parte dos
professores associam suas dificuldades para trabalhar com os alunos especiais à
sua formação acadêmica e à falta de formação continuada para a inclusão escolar.
Além disso, verificamos que a escola não tem condições de atender mais alunos
especiais na atual sala de recursos pela situação precária do espaço e em
pesquisas detectamos mais 11 alunos com possibilidade de matricular-se no ensino
médio nessa escola em 2015. Em relação à sala de aula, percebemos que poucos
são os professores que fazem adequações curriculares nos materiais que são
oferecidos a esses alunos, de modo que somente são feitas adaptações das
avaliações para duas alunas e que as falhas acontecem, pois não há interlocução
entre o professor comum, o professor de AEE e o pedagogo da escola. O falta de
tempo e de apoio pedagógico foram apontados como barreiras aos bons trabalhos
nas salas de aula, além do número elevado de alunos. Acreditamos que os
resultados desse trabalho podem contribuir para a criação de momentos para a
formação continuada para a inclusão, melhorias nas condições da estrutura física
escolar e na criação de estratégias e metodologias de trabalhos para impedir a
exclusão dos alunos especiais no ensino médio público das escolas do Espírito
Santo