A UTILIZAÇÃO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS NA ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ALUNOS DE 04 E 05 ANOS DE UM CENTRO EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES
Resumo
Este trabalho trata da utilização de espaços não formais para desenvolver a
Educação Ambiental, no âmbito da Educação Infantil, com o objetivo de investigar
que contribuições a utilização desses espaços, focando a dimensão ambiental, pode
trazer para a formação dos estudantes do Centro de Educação Infantil - Criarte,
sujeitos da pesquisa. Dessa forma a questão norteadora da pesquisa foi: Que
contribuições o desenvolvimento de atividades com foco na Educação Ambiental,
em espaços não formais, pode trazer para um grupo de crianças de 04 e 05 anos
que frequentam a Educação Infantil? Assim, propôs-se nesse trabalho, o
desenvolvimento de um projeto que possibilite a utilização dos espaços não formais
como peça importante no trabalho com a Educação Ambiental a fim de propiciar
uma melhor utilização desses espaços, para fins educativos, por professores e
alunos da Educação Infantil, propiciando o desenvolvimento da Educação Ambiental
em seu caráter crítico, que se inicia na escola, mas se realiza para além de seus
muros. Com esse pensamento foi feita uma pesquisa bibliográfica utilizando livros,
artigos, dissertações, textos, documentos e teses, que têm como foco a Educação
Infantil, a Educação Ambiental e os espaços não formais, selecionando trabalhos de
vários autores como: Freire (1996), Friedman (2012), Machado (2010), Oliveira
(2010, 2011), Carvalho (1998), Lorenzetti e Delizoicov (2001), Oliveira e Gastal
(2009), Rocha (2008), Schulz et. al (2012), Seniciato (2002), dentre outros. Foram
utilizadas também documentos oficiais e legislação pertinente aos temas como: as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Indicadores da Qualidade
na Educação Infantil e a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a
educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental, dentre
outras. A pesquisa teve a participação de alunos dos Grupo 04 e Grupo 05,
matriculados no Criarte. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram realizadas
visitas a quatro parques de preservação e conservação ambiental do município de
Vitória, sendo três municipais e um de iniciativa privada. Durante essas visitas, as
observações foram anotadas no diário de bordo para análise e desenvolvimento de
atividades com os estudantes em sala de aula. Os instrumentos de coleta de dados
foram o diário de bordo, fotos, atividades desenhos e textos coletivos produzidos
pelos pesquisados e as discussões realizadas em sala. Os dados coletados foram
organizados e analisados considerando sua natureza qualitativa e a literatura
consultada. A pesquisa mostrou resultados positivos. A partir da análise dos dados
observou-se que houve interação constante entre os estudantes, eles aprenderam
uns com os outros, mostraram que houve produção de conhecimento e
desenvolvimento de conteúdos específicos em ciências e de outras áreas; houve
ampliação do vocabulário dos participantes da pesquisa e mostraram ter
desenvolvido autonomia para participarem das discussões, formulando suas
próprias teorias. Os estudantes estenderam o que aprenderam, na escola, às suas
casas, mobilizando as famílias para as causas ambientais. Nessa pesquisa
percebeu-se que, após a experiência proporcionada por esse trabalho, os
participantes mostraram-se sensibilizados com as questões ambientais e o desejo
de contribuir para a preservação do meio ambiente.