A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE PROFESSORES NO CONTEXTO PÓS-PANDEMIA
Resumo
ANEQUIM, Amanda Mauri. A inteligência emocional como estratégia para a melhoria da qualidade de vida de professores no contexto pós-pandemia. 2022. 135 f. Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Vale do Cricaré, 2022.
A pandemia da Covid-19 provocou inúmeras mudanças na sociedade, o que levou ao desenvolvimento de um novo modelo educacional pautado no ensino remoto. Diante das inquietações provenientes desse contexto, os professores sofreram fortes pressões que vieram a comprometer seu estado emocional. Diante disso, a presente dissertação aborda a inteligência emocional como uma estratégia para promover a melhoria da qualidade de vida de professores no cenário pós-pandêmico. Assim, o presente estudo surge da reflexão sobre como melhorar a qualidade de vida de docentes no contexto pós-pandemia a partir do desenvolvimento da inteligência emocional. Para desenvolver a pesquisa, foi estipulado como objetivo geral discutir os desafios decorrentes da pandemia da Covid-19, bem como da implementação do ensino remoto, e seus respectivos impactos no estado emocional dos professores, sendo os objetivos específicos: abordar as experiências e os desafios enfrentados por professores durante o desenvolvimento das atividades remotas; investigar os sentimentos provocados por este contexto e sua influência no estado emocional dos docentes; propor estratégias de intervenção que possam contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida dos professores; elaborar uma proposta formativa visando o desenvolvimento da inteligência emocional para professores. O referencial teórico que embasa as discussões é fruto de pesquisas recentes envolvendo a temática, além de teóricos conceituados em pesquisas sobre a inteligência emocional. Os materiais utilizados como referência encontram-se disponíveis no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e no portal Google Acadêmico, bem como em livros de referência na temática. Assim, os principais autores que contribuem com o embasamento desta pesquisa são Gardner (1994; 1995), Goleman (2012), Fernandes (2019), Brackett (2021), Moll (2021) e Bonini (2022). Para a metodologia, optou-se por uma pesquisa ex-post-facto, realizada por meio da aplicação de um questionário e da realização de um grupo focal com a participação de professores que atuaram durante a pandemia. Os resultados obtidos apontam para a recorrência de sentimentos de preocupação, medo, ansiedade, estresse, desânimo e esperança. As causas atribuídas a esses sentimentos se referem às condições da pandemia e aos desafios do trabalho remoto. Como estratégias de intervenção, sugere-se atendimento psicológico aos docentes, momentos de interação entre os professores, criação de redes de apoio, valorização profissional, palestras e programas de formação em inteligência emocional para esses profissionais. Em complementação, é recomendável a realização de estudos que alcancem os diferentes níveis de ensino, assim como o impacto emocional da pandemia para os estudantes, as contribuições provenientes da interação entre família e escola e também a avaliação dos resultados obtidos através de programas de formação de professores envolvendo a inteligência emocional. Por fim, esta pesquisa resultou na elaboração de um guia formativo com o intuito de promover a qualidade de vida dos professores, sendo intitulado Inteligência Emocional para professores – Quem ensina também sente.