ENSINO DE CIÊNCIAS PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E OS USOS DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS
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Data
2022-11-22Autor
SOUZA, Mariana Paganott Rodrigues de
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Crianças e adolescentes com deficiência intelectual (DI), apesar de suas limitações na capacidade cognitiva, no comportamento dinâmico e adaptativo, têm os mesmos interesses e curiosidades sobre o mundo e, portanto, os mesmos direitos a uma educação científica adequada. Assim, o objetivo deste estudo é analisar os benefícios dos espaços não formais para a aprendizagem de ciências de três estudantes com deficiência intelectual da Escola Municipal de Educação Básica Amarilis Fernandes Garcia, no município de Anchieta – ES. Trata-se de uma pesquisa-ação, de cunho descritivo e observacional. A produção de dados envolveu o desenvolvimento de um plano de aula, em um parque ecológico municipal, além de uma entrevista com a docente de ciências da turma. Os resultados demonstraram que ocorreu uma grande interação dos estudantes com o professor e com o restante da turma, possibilitando, consequentemente, uma apreensão dos conteúdos abordados. Para fundamentar a pesquisa, foram utilizados os seguintes referenciais teóricos: para a abordagem da deficiência intelectual utilizou-se Glat; Estef (2021), Pimentel (2018), Mascaro (2018) e Santos (2018), para o ensino inclusivo de ciências, Padilha (2018), os usos dos espaços não-formais na educação, utilizou-se a abordagem experiencial de aprendizagem de Rocha; Fachin-Terán (2010) e a perspectiva histórico cultural de Vigostky, Vigotski (2007; 2001) e Zanella (2020). Assim, podem ser utilizadas diversas atividades que despertem a curiosidade e a percepção sobre temas que fazem parte da vida cotidiana desses estudantes, o que estimula a participação ativa dos mesmos. Ao inseri-los em situações de aprendizagem interativas, imersivas e outros tipos de atividades, acompanhados por educadores, os estudantes adquiriram conhecimentos específicos, com base em um determinado problema ou cenário. Conclui-se, portanto, que a educação em ambiente não formal é um componente integral da aprendizagem ao longo da vida e seu objetivo é que os estudantes adquiram e mantenham as habilidades e competências necessárias para se adaptar a um ambiente em constante mudança. Diante do relato do professor sobre sua dificuldade em desenvolver atividades adaptadas para os estudantes com DI, sugere-se que sejam adotadas e adaptadas essas abordagens em suas práticas, a fim de criar ambientes e experiências de aprendizagem de ciências equitativas e transformadoras.